Segundo a OAA, a situação dos atrasos dos juízes nos tribunais deve ser atenuada caso haja intervenção do CSMJ, facto que levou o juiz presidente do CSMJ, Joel Leonardo, a reafirmar que os julgamentos devem, sim, começar nos horários marcados, e defendeu diálogo entre os juízes e os advogados.
José Luís Domingos, o bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, propôs ao plenário do CSMJ que se faça um memorando conjunto que estabeleça que o advogado possa esperar, no mínimo 30 minutos, pelo juiz, após a hora marcada.
Caso o juiz não apareça, prosseguiu o bastonário, o advogado pode retirar-se da sala, considerando que a audiência foi adiada.
Segundo José Luís Domingos, em caso de atraso ou adiamento da sessão de julgamento, os juízes devem fundamentar por escrito.
Conforme o bastonário, o modelo actual em que o juiz não fundamenta não pode continuar a existir.
Os advogados pediram ainda o tratamento célere das reclamações relacionada aos atrasos.
"Queremos que o plenário do Conselho Superior da Magistratura Judicial encontre um canal de comunicação que facilite estas participações junto deste órgão", disse.
José Luís Domingos lamentou o facto de o CSMJ não responder às queixas e reclamações dos advogados sobre os atrasos há mais de cinco anos.
Ao Conselho Superior da Magistratura Judicial, a OAA deu a conhecer que há também muitas queixas de juízes relacionadas com a má conduta e falta de ética de alguns advogados.
Ao CSMJ, a OAA pediu que se instale um tribunal na Centralidade do Kilamba, tal como noticiou o Novo Jornal, em primeira mão, no mês de Novembro.
Já o presidente do CSMJ, Joel Leonardo, disse que o Conselho Superior da Magistratura Judicial vai analisar as preocupações dos advogados, para o andamento dos processos.
Segundo Joel Leonardo, os julgamentos devem começar nos horários marcados, defendendo o diálogo entre os magistrados de direito e os advogados, assim como com o pessoal dos cartórios, quando se registarem atrasos.